Gênero musical brasileiro foi imortalizado por Luiz Gonzaga. No Nordeste, não existe festa junina que não seja embalada pelo baião.
Bruno Grubertt
Dia 29 de junho é o dia de São Pedro, o último dos santos juninos. No Nordeste, não existe festa junina que não seja embalada pelo baião, gênero musical brasileiro imortalizado por Luiz Gonzaga e que está completando 70 anos.
No palco do teatro centenário, que já recebeu concertos de ópera e música erudita, o ritmo popular ganha ares de clássico. Nessa mistura de orquestra com zabumba, triângulo e sanfona, o baião ecoa com elegância pelo palco onde seu criador nunca teve a oportunidade de se apresentar.
Com o baião, que nasceu no respirar da sanfona, Luiz Gonzaga transformou em ritmo o sentimento do sertanejo e colocou essa mistura tocada pelo trio Pé de Serra no dicionário musical.
“O baião foi um divisor de águas na música popular brasileira e tudo que veio depois bebeu naquela fonte, foi uma inspiração gonzaguiana. Tem um pouquinho de Gonzaga em tudo o que foi feito ali. Gonzaga foi um inovador, um criador e deu identidade a todos nós. Então, música sinfônica, MPB, samba nação, rock and roll, tudo tem baião no meio. Isso eu garanto!”, explica Paulo Wanderley, pesquisador e colecionador.
A história do baião na música brasileira começa há exatos 70 anos, em 1946, quando ele foi gravado pela primeira vez pelo trio Quatro Ases e um Coringa. Só três anos depois, 1949, foi que Luiz Gonzaga decidiu registrar na voz dele a composição feita em parceria com Humberto Teixeira. A partir daí o mestre, que já era conhecido por levar a música do Nordeste para o Brasil e para o mundo, se tornou majestade.
A família do baião dança,Januário e Santana tocam. foto: reprodução revista O Cruzeiro
Gonzagão virou rei - do baião e do mercado musical. Nunca um artista brasileiro havia vendido tantos discos. “A gravadora RCA vai ter uma fábrica de prensagem só pro disco de Luiz Gonzaga e vai vir o gringo, um americano, ele vai vir pro Rio de Janeiro para conhecer quem é esse Luiz Gonzaga que vai ocupar uma parte da fábrica só pros discos dele”, conta Salatiel D'Camarão, historiador e músico,
O Rei Lua, como era chamado, também se surpreendeu com o poder do baião. Foi o que ele mesmo contou ao repórter Ernesto Paglia, em entrevista exibida no Globo Repórter, cinco anos antes de morrer, em dezembro de 1984: “Quando o baião surgiu, as cartas quase sempre vinham pedindo fotos minhas e elogiando o baião".
Depois de tantos anos, o baião continua como uma reverência à simplicidade e à genialidade do rei que ensinou o país a cantar o Nordeste brasileiro.
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Baião completa 70 anos
Gênero musical brasileiro foi imortalizado por Luiz Gonzaga.
No Nordeste, não existe festa junina que não seja embalada pelo baião.
Bruno Grubertt
Dia 29 de junho é o dia de São Pedro, o último dos santos juninos. No Nordeste, não existe festa junina que não seja embalada pelo baião, gênero musical brasileiro imortalizado por Luiz Gonzaga e que está completando 70 anos.
No palco do teatro centenário, que já recebeu concertos de ópera e música erudita, o ritmo popular ganha ares de clássico. Nessa mistura de orquestra com zabumba, triângulo e sanfona, o baião ecoa com elegância pelo palco onde seu criador nunca teve a oportunidade de se apresentar.
Com o baião, que nasceu no respirar da sanfona, Luiz Gonzaga transformou em ritmo o sentimento do sertanejo e colocou essa mistura tocada pelo trio Pé de Serra no dicionário musical.
A história do baião na música brasileira começa há exatos 70 anos, em 1946, quando ele foi gravado pela primeira vez pelo trio Quatro Ases e um Coringa. Só três anos depois, 1949, foi que Luiz Gonzaga decidiu registrar na voz dele a composição feita em parceria com Humberto Teixeira. A partir daí o mestre, que já era conhecido por levar a música do Nordeste para o Brasil e para o mundo, se tornou majestade.
foto: reprodução revista O Cruzeiro
O Rei Lua, como era chamado, também se surpreendeu com o poder do baião. Foi o que ele mesmo contou ao repórter Ernesto Paglia, em entrevista exibida no Globo Repórter, cinco anos antes de morrer, em dezembro de 1984: “Quando o baião surgiu, as cartas quase sempre vinham pedindo fotos minhas e elogiando o baião".
Depois de tantos anos, o baião continua como uma reverência à simplicidade e à genialidade do rei que ensinou o país a cantar o Nordeste brasileiro.
In globo
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